Oi gente! Demorei, mas voltei!
Hoje vou postar uma pesquisa que fiz sobre a ponte Rio-Niterói. É muito legal saber um pouquinho mais da história dessa que é uma das maiores pontes do mundo! Espero que gostem!
Pra começar, vocês sabiam que o verdadeiro nome da Ponte Rio-Niterói é Ponte Presidente Costa e Silva?
Segundo Lucena (2015), relatos antigos afirmam que
a ideia de construir uma caminho alternativo que fizesse o percurso Rio-Niterói
é do ano de 1875, do imperador dom Pedro II que chegou a contratar um
engenheiro inglês para projetar um túnel na baía da Guanabara. Essa ideia não
foi levada adiante.
O objetivo dessa obra era bastante evidente: ligar
com mais facilidade a cidade do Rio de Janeiro aos municípios que ficavam no
litoral norte do estado, do outro lado da Baía de Guanabara. Antes da obra, o
acesso para Niterói e municípios vizinhos só era possível via mar ou através de
uma viagem terrestre de mais de 100 km, que passava pelo município de Magé.
Existia também a ideia de fazer um túnel que faria a função da Ponte.
Quem quisesse fazer a travessia Rio-Niterói de
carro precisava dar a volta na Baía de Guanabara ou pegar uma balsa, que
transportava 54 veículos por vez. Entre esperar na fila, embarcar, atravessar e
desembarcar o veículo, a viagem pelo mar demorava até duas horas.
Ainda segundo Lucena (2015) somente em
1963 foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto para a construção
da ponte que ligaria o Rio de Janeiro à Niterói. Em 29 de dezembro de 1965, uma
comissão executiva foi formada para cuidar do projeto definitivo dessa
construção.
O projeto de construção da Ponte foi idealizado por
Mário Andreazza, Ministro dos Transportes, e
assinado pelo presidente Costa e Silva, que deu nome à ponte, no ano de 1968. A
obra contou ainda com uma inauguração simbólica, ocorrida em 9 de novembro do
mesmo ano, tendo a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II e de sua
alteza real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo. A apresentação oficial do
projeto da Ponte Rio-Niterói aconteceu no dia 14 de novembro de 1968, na Escola
de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). As obras tiveram
início em janeiro de 1969.
Várias propostas para a ponte foram estudadas antes
de o governo federal aprovar o projeto que foi executado. Um dos trajetos
possíveis era mais curto, porém passava perto do aeroporto, obrigando a ponte a
ter no máximo 50 m de altura, o que atrapalharia o fluxo de grandes embarcações.
Segundo Stam (2014) a obra pode ser dividida em
três seções principais, que foram construídas simultaneamente: a ponte
propriamente dita, sobre a baía da Guanabara, as vias de acesso no Rio de
Janeiro e as vias de acesso em Niterói. "A parte mais complexa, é claro,
foram os 9 quilômetros erguidos sobre o mar, o que exigiu a perfuração do
subsolo oceânico na busca por um terreno rochoso que agüentasse a estrutura da
ponte", segundo o engenheiro civil Bruno Cantarini, que foi diretor
técnico na construção histórica. Além do longo trecho sobre a água, vários
quilômetros de rampas e viadutos de acesso precisaram ser feitos para integrar
a ponte ao sistema de tráfego local. Com isso, a extensão total da obra chegou
aos 13 quilômetros. "A
ponte bateu alguns recordes notáveis, como o de maior vão livre com viga reta,
com 300 metros de largura e 72 metros de altura", diz o engenheiro civil
Mario Vilaverde, que também trabalhou na obra, como superintendente técnico.
Stam (2014) afirma que as fundações da ponte foram
construídas com a ajuda de ilhas flutuantes, que levavam os equipamentos de
perfuração do leito oceânico. As grandes perfuratrizes trabalhavam dentro de
tubos que as protegiam da água do mar. As escavações tinham que atingir trechos
de rocha sólida, capazes de sustentar as bases da ponte. Nos buracos eram
instaladas longas tubulações metálicas chamados de tubulões (O tubulão, na engenharia
civil, consiste em um tubo oco depois revestido com concreto armado. A base
precisa ser alargada para dar maior estabilidade),
que iam do subsolo oceânico até a superfície do mar. Em cima de um grupo
formado por cerca de 10 tubulões, foram construídas cada uma das fundações da
ponte, uma grande base de concreto maciço com 2,5 m de altura e 6 toneladas de
peso. Sobre essa base eram encaixados os pilares em pares para segurar as
pistas da ponte. Nos 9 quilômetros sobre o mar, foram usados 103 conjuntos de
sustentação formados pelos tubulões, as bases de concreto e os pilares.
Lucena (2015) afirma que uma estrutura
de aço apóia a de concreto e asfalto da Rio-Niterói. Os engenheiros
responsáveis pelo projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de Noronha
Filho e Benjamin Ernani Diaz. O da ponte de aço foi o norte-americano James
Graham. Toda a estrutura que foi utilizada nas obras da Ponte Rio-Niterói foi
fabricada na Inglaterra em módulos que chegaram ao Brasil via transporte
marítimo. Essa importação foi bastante complexa devido ao movimento que havia
na Baía de Guanabara.
Com o uso de guindastes, que se
apoiavam na base dos pilares, eram erguidas as estruturas pré-moldadas que
formaram as duas pistas da ponte. Essas peças, chamadas de aduelas, que eram de
concreto e tinham 5 m de comprimento e pesavam 110 toneladas cada uma, eram
encaixadas umas nas outras. Como as aduelas eram de difícil instalação em vãos
muito largos, elas não foram utilizadas na parte central da ponte, que
precisava ter distância maior entre os pilares para os grandes navios passarem.
A saída foi usar gigantescos blocos metálicos que, somados, chegavam a 850m.
Mais de trinta pessoas perderam a vida
durante as obras da Ponte Rio-Niterói, de acordo com jornais da época.
A Ponte Rio-Niterói ficou pronta em
março de 1974. A imponente obra mede 72m de altura e tem 13.290m de
comprimento. Tamanho digno de uma obra tão importante para o Rio de Janeiro e
para o Brasil. É a maior ponte do Brasil e uma das maiores do mundo.
Referências Bibliográficas
http://diariodorio.com/historia-da-construcao-da-ponte-rio-niteroi/
http://oglobo.globo.com/rio/sete-curiosidades-sobre-ponte-rio-niteroi-16497232
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-construida-a-ponte-rioniteroi
http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Texto/Cidade/Historias-concretadas%3A-os-40-anos-da-Ponte-Rio-Niteroi-24038.html#.VwJ2fHotuSE